flô
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Vou contar uma coisita para vocês: eu nasci na primavera, bem no comecinho mesmo. Então, faz muitos anos que eu escuto aqui em casa: você é a menina primavera. Eu sempre achei bem poético, mas recentemente meu interesse por botânica de uma maneira geral vem ocupando muito da minha mente e, principalmente, do meu coração.

Quando eu decidi trabalhar com fotografia eu sabia que era uma questão de tempo até eu precisar encontrar algo que me fizesse abstrair do dia-a-dia e me inspirasse a fazer novos movimentos. Tem sido assim com as flores e plantas que encontro pelo caminho. A ideia não é me tornar nem especialista, nem uma profissional no assunto, mas descansar a mente e os olhos.

Como quase tudo que eu faço o processo tem sido orgânico, instintivo e até um pouco desordenado. Por hábito, eu costumo descobrir as coisas aos poucos. Foi assim com a fotografia. Eu não fico pirando em cima de livros, nem obcecada pelo assunto como se não existisse mais nada a minha volta, mas sou cercada de muitas pessoas que compartilham desse mesmo interesse botânico em graus e intenções diferentes e isso acaba facilitando.

Além das recentes visitas ao ceagesp, na catalogação imagética de tudo relacionado ao tema e das conversas com as amigas, tenho frequentado – sempre que posso – o Flô Atelier Botânico. Mais do que escolher novas moradoras para o meu mini-jardim do quarto, o espaço tem funcionado como um refúgio. Sempre que eu preciso de algo bonito para alegrar o meu dia eu dou uma voltinha lá, nem que seja para falar um oi. E sempre que a agenda e o orçamento permitam eu me inscrevo em um workshop para aprender mais ou compartilhar do mesmo interesse com outras pessoas.

Meus rolês já me renderam alguns livros novos, uma nova paixão chamada Tillandsia e dois terrariums lindos, um Flô original e um feito por mim em um dos workshops. Sobre estes dois, em ambos os casos consegui matar alguns cactos no final do ano. Cada vez que eu mato uma plantinha (sempre totalmente sem querer) eu acabo aprendendo algo novo e eventualmente elas morrerão por vontade própria e não porque eu coloquei água demais, de menos ou deixei elas cozinharem na minha estufa.

Tudo bem que cada vez que eu mato uma, o Jotta e a Carol sempre me acalmam e me lembram  que existe um ciclo de vida, que é natural que as plantas morram (mas que eu posso tentar não matá-las hahaha).  E eis que a sabedoria de Carl Linnaeus foi compartilhada no último workshop que participei:

If a tree dies, plant another in its place

E é isso, o mundo da botânica tem me trazido obviedades que são importantes para que a gente continue trilhando o caminho que escolheu. Algumas coisas, momentos, fases morrem e quando isso acontece a gente planta de novo uma sementinha pra florescer aquilo que a gente quer. Pensando na importância da nossa trajetória, eu decidi fazer uma das aulas que mais me interessavam no atelier: herbarium.

Menos pela catalogação em si e mais pela possibilidade de transformar a finitude do ciclo de uma flor ou uma planta. Dar um novo significado àquela vida, mesmo que por um curto período de tempo. Obviamente eu poderia ter apenas pesquisado sobre o assunto, mas  sinto uma necessidade imperativa de fazer essas descobertas em grupo. As minhas dúvidas podem contribuir para a o crescimento da turma e vice-versa. Além de descobrir coisas que talvez eu não perguntaria e me divertir com a experiência em si.

Nos próximos posts vou tentar mostrar mais dessa jornada botânica e os resultados do herbarium (que ainda levam de 2 a 4 semanas para acontecerem). O fato desse tempo longo para “ver” o “produto”final me lembra muito a fotografia analógica em que o tempo de processamento é bem outro. Tem sido interessante fazer estas conexões mesmo que involuntárias.

Esse primeiro texto é quase uma nota mental não é mesmo? Um amontoado de sentimentos e palavras que estavam esperando sair e brotar um novo jardim. Para quem quiser conhecer mais do atelier, é possível acessar o site novo e lindo que eles lançaram ou dar um pulinho na Rua Turi, 184, na Vila Madalena.

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workshop herbarium - flô atelier botânico - flavia valsani

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